Em Portugal, produzimos apenas 15% da energia que consumimos. Tudo o resto, importamos do exterior. Esta situação tem consequências directas na nossa economia, uma vez que o custo dos combustíveis fósseis importados encarece a produção de bens e serviços em território nacional, para além disso, tem também implicações sociais, pois representa custos acrescidos para o consumidor e reflecte-se no ambiente, devido à produção crescente de Gases com Efeito de Estufa (GEE).
Adicionalmente, a utilização pouco eficiente da energia, traduz-se em ameaças para o país, do ponto de vista económico (aumento da factura externa e perda de competitividade das empresas), social (redução do poder de compra e qualidade de vida dos consumidores) e ambiental (emissão de gases de efeito de estufa e incumprimento das metas de Quioto, poluição do ar, água e solo etc.).
Uma alternativa a esta situação é o aumento da eficiência energética no consumo de energia e o aproveitamento do potencial de energias renováveis, que em Portugal é assinalável, com destaque para a energia solar, eólica, hídrica e da biomassa.
Importa, assim, trabalharmos para o cumprimento das metas de Quioto, com vista à redução da dependência nacional de fontes externas de energia e combate às alterações climáticas. De facto, ao assinar o Protocolo de Quioto, a Europa assumiu o compromisso de reduzir as suas emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) em 8% relativamente a 1990, durante o período de 2008 e 2012.
Como a situação geográfica e económico-social dos diversos Estados Membros é diversa, foi celebrado um acordo de objectivo comum e partilha de responsabilidades entre os diferentes Estados. Desta forma, o esforço que é pedido a Portugal não é o mesmo que é pedido à Alemanha ou ao Reino Unido. No âmbito deste acordo de "partilha de responsabilidades", Portugal acordou em diminuir as emissões de GEE em 27% nesse período, mas mesmo assim, o objectivo está longe de ser alcançado.
No entanto temos vindo a assistir a uma série de iniciativas nacionais que caminham neste sentido, como por exemplo:
- Plano Nacional para o Desenvolvimento Económico e Social (PNDES), 2000;
- Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), 2001;
- Programa E4 - Eficiência Energética e Energias Endógenas, 2001;
- Programa Água Quente Solar para Portugal (AQSpP), 2001;
- Programa para a Eficiência Energética em Edifícios - P3E, 2001;
- Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS), 2002;
- Estratégia Nacional para a Energia, 2005
E, depois, temos ainda no quadro da U.E., e ainda no âmbito do protocolo de quioto, algumas medidas fundamentais em que Portugal também está comprometido, que se prendem com uma série de directivas, que prevêm o objectivo de uma maior eficiência energética.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Eficiência energética é amiga do ambiente
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