segunda-feira, 17 de maio de 2010

Incêndios florestais custam pelo menos 2,5 mil milhões desde 2001

Só a recuperação dos prejuízos decorrentes de bens e serviços destruídos nas áreas ardidas rondam em média os 300 milhões de euros por ano. As acções de prevenção e combate aos incêndios custam cerca de 120 milhões de euros anuais, segundo a estimativa de um grupo de especialistas do Instituto Superior de Agronomia, que apresentou a proposta técnica de Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, em 2005. As verbas disponíveis para o ano em curso não foram disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna.
A maior fatia do montante dirigido à prevenção foi para os custos com aeronaves. Entre 2001 e 2005, inclusive, o aluguer dos equipamentos aéreos ascendeu aos 71,2 milhões de euros. Em Abril de 2006, já com José Sócrates no cargo de primeiro-ministro, o Governo aprovou uma resolução em Conselho de Ministros para adjudicar 16 helicópteros ligeiros e 14 aviões médios e ligeiros, num custo total de 57 milhões de euros.
Nos últimos dois anos as perdas económicas mais directamente relacionados com a produção de material lenhoso de pinheiro-bravo e eucalipto, foram estimados em 649 milhões de euros (2005) e 121 milhões de euros (2006). Isto de acordo com o levantamento feito pelos efectivos da Guarda Nacional Republicana, Os custos directos médios anuais dos incêndios na floresta estão estimados em 375 milhões euros.
Recorde-se que a floresta portuguesa representa, segundo dados oficiais do Ministério da Agricultura, uma produção económica anual estimada em 1,2 mil milhões de euros e é responsável, segundo o Instituto Nacional de Estatística, pela criação de 113 mil empregos directos.
A gravidade dos incêndios, ocorridos em 2003, levou mesmo o Governo a apelar ao Fundo de Emergência da Comissão Europeia, face aos elevados prejuízos, estimados em mais de mil milhões de euros.
in Portal Ambiente Online

Sem comentários:

Enviar um comentário