Energias renováveis são uma aposta que se torna mais barata a longo prazo.
"A crise abriu caminho a uma verdadeira oportunidade para a modernização das empresas, para investirem na eficiência energética e no uso eficiente de recursos naturais." A ideia adiantada pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa que foi discutida na Conferência Desafios pós-Copenhaga, realizada para Estados e empresas de modo a perceberem as oportunidades associadas a novas formas de produção e consumo mais eficientes.
Francisco Ferreira, vice-presidente da associação ambientalista Quercus, concorda com Humberto Rosa e admite que "é um facto que a crise contribuiu para a diminuição dos gases de efeito de estufa e que a eficiência energética torna as empresas mais competitivas". As empresas estão a apostar no "verde", e isso pode ser um "empurrão para a saída da crise".
Aliás, o secretário de Estado admite mesmo que esta será a melhor forma de uma empresa caminhar para a rendibilidade: "As empresas com mais capacidade de análise sabem que, se não aproveitarem para reconfigurar a sua actuação, as suas fragilidades e ineficiências, ficarão sujeitas a que novas crises lhes batam à porta nos mesmos moldes. Tudo isto são incentivos fortes para as empresas e a economia se guiarem por critérios de sustentabilidade, os quais implicam descarbonização e redução de emissões."
O senão vem do investimento inicial necessário, que em tempo de crise financeira não abunda nas empresas. "Apesar de os investimentos compensarem o custo económico, é necessário que haja um investimento inicial. Nesta altura, a capacidade de endividamento das empresas é má e ficam um pouco reticentes em relação a estas mudanças", palavras do vice-presidente da Quercus.
O Ministério do Ambiente tem apoiado esta "ambientalização" das empresas, não com dinheiro, mas colaborando e dando informação em áreas cruciais, como águas, resíduos, energia, alterações climáticas ou biodiversidade. "Áreas da legislação ambiental mais determinantes, como o licenciamento ambiental, a avaliação de impacte ambiental ou a responsabilidade ambiental", exemplos dados por Humberto Rosa.
Entretanto, Portugal vai-se tornando pioneiro numa economia baseada em baixas emissões de carbono. "A relação entre o PIB e as emissões vem decaindo sem parar desde 2006, independentemente do efeito da crise económica", terminou o secretário de Estado do Ambiente.
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